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Existem varias doutrinas e maneiras de usa-las,tanto na magia e bruxaria ,para alcançar seu objetivo.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Catímbo

ASSENTAMENTOS
O principal assentamento de uma casa é a Jurema Preta. O correto é a casa ter uma Jurema plantada em seu terreno ou até
mesmo dentro da sala de culto. Na falta de condições de se fazer isso então um tronco de jurema, preparado pelo mestre
principal da casa deve ser colocado ou “assentado” debaixo da mesa de Jurema, dentro de uma vasilha de barro ou de louça,
ficando escondido pela toalha da mesa. O que se coloca nesta vasilha e tronco diz respeito exclusivamente ao mestre da casa
O assentamento individual dos mestres é composto por pincipes e princesas que ficarão sobre a a mesa. As princesas são
vasilhas redondas de vidro ou de louça dentro das quais é preparada a bebida sagrada e onde, em ocasiões específicas, são
oferecidos aliments ou bebidas aos encantados. Os príncipes são taças ou copos, que normalmente estão cheios com água e
eventualmente com alguma bebida do agrado da entidade. É comum ver nas mesas mais elaboradas uma complexa arrumação
onde entra na composição príncipes, princesas e troncos.
O príncipe ou princesa é a menor unidade de simbolização de uma entidade espiritual. Todo juremeiro deve ter ao menos um
destes dedicados ao seu Mestre e assentado em sua mesa. Contudo de acordo com a disponibilidade financeira, pode-se
constituir todo um estado espiritual (conjunto de cidades dominadas por uma determinada entidade). Confecciona-se um estado
através do uso de uma princesa tendo ao seu centro um príncipe e em seu derredor mais seis deles. Para complementar este
artefato entraria o tronco da árvores sagrada, que pode ficar no centro da mesa ou embaixo dela.
Princesa (bacia de louça) não é colocada diretamente sobre a toalha de mesa e sim numa rodilha de pano não servido, limpo,
virgem e são. Diante do Mestre fica um crucifixo, à esquerda a chave de aço (virgem) de qualquer uso, limpinha e reluzente,
infalível e indispensável para abrir e fechar as sessões e simbolicamente o corpo dos consulentes. Recorda a bruxaria européia a
santa chave do sacrário, furtada para uso no feitiço.
Para alguns é no tronco que estaria o verdadeiro segredo de uma jurema plantada. Portanto eles argumentam que esta deveria
estar longe dos olhos dos curioso, normalmente embaixo da mesa ou em algum lugar mais reservado. Como adverte uma das
cantigas:
A ciência da jurema,
todos querem saber
mas é feito casa de abelhas,
trabalho que ninguém, vê.
O assentamento de mestres é feito através de 2 caminhos. O primeiro é que geralmente um mestre é assentado em uma arvore
ou arbusto próximo a casa do Catimbozeiro. É ai que o mestre é cultuado, na raiz da planta em um processo similar (mas não
igual) a um tipo de assentamento de Exu no Candomblé. O mestre está ligado a raiz e a força da folha. O segundo é através das
princesas onde é colocao a sua raiz e onde eventualmente serão colocadas oferendas que irão "alimentá-lo", que podem ir de
bebidas e fumos, até mesmo a peixes e caças leves. Neste caso este assentamento é feito com a raiz do mestre.MESA NO CATIMBO

Dentro de toda a simplicidade do Catimbó a Mesa representa a concentração de energias. Sua
representatividade está entre um altar de igreja e um gonga de Umbanda, sem, como sempre no Catimbó, se
ligar diretamente com um ou outro.
A mesa não é apenas um local de trabalho mas o altar onde estaram os objetos liturgicos e os
assentamentos dos mestres. Não existe um padrão e a sua organização e limpeza será tanto quanto for a do
responsável pela casa. Ela tanto pode ser um local limpo com toalha branca e poucos e bem colocados
apetrechos de representação como também um local saturado dos fundamentos da Jurema.
É nas mesa que estarão representados os mestres, as cidades e os estados, através dos principes e
princesas. Em locais rurais onde existe terreno e espaço os mestres terão o seu assentamento em arvores ou
arbustos, geralmente de ervas que tenham ligação com o seu fundamento.
Nesta caso o Catimbó em sua essência se assemelha com o Candomblé onde, na áfrica os Orixás são
assentados nas arvores, que são chamadas de Atim do Orixá. No Catimbó é o mesmo, assim como também,
na falta de espaço e mata, o assentamento dos mestres é resolvido da mesma forma.
Nos centros urbanos, principalmente, em função da falta de espaço nos locais de culto, troncos da planta
são assentados em recipientes de barro e simbolizam as cidades dos principais Mestres das casas. Esses
troncos, juntamente com as princesas e príncipes, com imagens de santos católicos e de espíritos
afro-americanos, maracás e cachimbos constituirão as mesas de jurema. Chama-se mesa o altar ao qual são
consultados os espíritos e onde são oferecidas as obrigações.
A mesa deverá estar enfeitada com flores e velas acesas e não é excepcional se encontrar resplendores de
Igreja na mesa em função do profundo envolvimento do Catimbó com o catolicismo.
Uma mesa simples seria coberta por uma toalha bem branca que sempre deve ser mantida limpa. Sobre ela,
ao centro deve-se colocar o estado ou reino que representa o mestre da casa. À frente dela cruzados os
cachimbos de direta e esquerda do Mestre principal da casa. Atrás do estado deve ser colocada uma vela
grande que deve permanecer acesa todo o tempo bem como podem ser colocadas algumas imagens de
Santos católicos. É importante um rosário feito de lágrima de nossa senhora sobre esta mesa envolvendo ou
contrornando o estado, vela e principais imagens.

___________________Zé Pelintra na Umbanda E NO CATIMBO
"Seu" Zé Pelintra é uma entidade muito popular na Umbanda Carioca. Praticamente todo centro tem o seu e ele
estabelece um culto muito próprio. Zé Pelintra é Exu na Umbanda, sendo representado com terno branco, gravata
vermelha, cravo na lapela, chapéu caido na testa, caracterizando a figura do malandro. Sua história de vida indica
que foi um homem que bebia muito, não obedecia ninguém, se envolvia com o sub-mundo, jogo e principalmente com
prostitutas.
Quando "baixa" na Umbanda vem acompanhado de toda a linha de malandros, entidades oriunidas de pessoas que
tiveram este tipo de vida, viviam e morros, jogos, bebidas fortes e drogas. Existem alguns centros que fornecem
drogas para as entidades quando incorporadas, é claro, que esta é uma prática deplorável e muito pouco tem haver
com os princípios da Umbanda, mas apenas exemplifica o tipo de comportamento desta linha de entidades.
Assim Zé Pelintra é malandro e por isso uma grande parte das pessoas se identifica com esta entidade, sendo que as
pessoas, mediuns ou clientes, chegam ao absurdo de considerá-lo "amigo" deles.
Outro detalhe é que Zé Pelintra, mesmo na Umbanda, não é Exu de frente de ninguém, posição normalmente
considerada de importância o que podemos deduzir que sua influência não seja indicada para os médiuns.
Como na Umbanda cada entidade dá o nome que quiser a sí mesma podem existir vários Zé Pelintra ao mesmo tempo
em uma seção. Um é o do praça outro é o do morro, outro é da esquina da equerda, outro o da esquina da direita,
etc... A Umbanda é muito esquisita e brinca muito com a credulidade das pessoas, por isso que está no buraco que
está.
Catimbó e Umbanda
Catimbó é uma pratica mágica baseada no Cristianismo de onde apóia toda a sua doutrina religiosa. O
Catimbó não inventa Deuses ou os importa da África porque não faz parte das religiões afro-brasileiras.
Isto pode parecer polêmico, mas, o Catimbó não é afro, não é Candomblé e não é a Umbanda como se
conhece comumente, mas pode ser considerado uma manifestação de Umbanda.
Catimbó não é uma religião ou seita. Podemos de considerá-lo um culto, uma vez que não encontrarmos
os elementos estruturados que são característicos, como os fundamentos religiosos próprios, com liturgias
e dogmas. O Catimbó se apóia totalmente na religião católica, apesar de guardar um pouco das práticas
pagãs, vindas da bruxaria européia.
Ele pode se parecer um pouco com a Umbanda, mas, nem um pouco com o Candomblé. A semelhança com
a Umbanda é devido ao trabalho com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do Catimbó possuem
uma teatralidade de incorporação muito típica e discreta, e o Catimbó esta longe do TIPICO TRABALHO
da Umbanda. Outra coincidência é a presença da entidade Zé Pelintra que no Catimbó é dito como
mestre e na Umbanda é muito cultuado como Exu e malandro.

O Catimbó tem uma raiz índia que foi se perdendo com o tempo. Não há dúvida que o Catimbó é
Xamanista com muita práticas de pajelança, mas, não é baseados em Caboclos e sim em Mestres,
apesar de os Caboclos também terem participação. O Catimbó não é muito diferente ou melhor do que
estes cultos que citamos, não podemos dizer inclusive que suas entidades sejam de nível superior, pelo
contrário, sob o ponto de vista espírita-kardecista são ainda entidades de baixa energia e que guardam
muitas referências com a última vida que tiveram em "terra fria".
No Catimbó faz se o bem, através de curas, problemas sentimentais, mas, também o mal, dependendo
da cabeça de que o dirige, infelizmente, como em outras práticas. O Catimbó é influenciado pela feitiçaria
européia de onde adotou várias práticas.
O Catimbó é uma reunião alegre e festiva quando em sua forma de roda (ou gira), mas, pela falta da
corrente doutrinaria formal vários formatos serão encontrados, dependendo da “ ciência”, vidência,
maturidade e ética de quem o dirige e realiza, podendo ser práticas bem soturnas.
QUEM SÃO OS MESTRES DO CATIMBO
O termo Mestre é de origem portuguesa, onde tinha o sentido tradicional de médico, ou segundo Câmara
Cascudo, de feiticeiro. Este é o primeiro elemento de ligação do Catimbó com tradições européias,
provavelmente cabalistas e mostra também nestes 2 significados a expressão semântica do trabalho do
Mestre, a cura e a magia.
De forma geral os Mestres são descritos como espíritos curadores de descendência escrava ou mestiça, que
em suma é a característica dos habitantes das regiões onde o Catimbó floresce, mas que não deve ser
tratado como um dogma. Dizem os juremeiros que os Mestres foram pessoas que quando em vida
trabalharam nas lavouras e possuíam conhecimentos de ervas e plantas curativas. Por outro lado algo
trágico teria acontecido e eles teriam se passado, isto é, morrido, encantando-se, podendo assim voltar a
acudir os que ficaram “ neste vale de lágrimas”.
Não existe Mestre do bem ou do mal. O Mestre é uma entidade que pode fazer o bem ou o mal de acordo
com a sua conveniência, a ordem da casa e a ocasião.
A FUNÇÃO DOS MESTRES NO CATIMBO
Nesta generalização podemos entender muito bem o como e porque do culto do Catimbó. Em uma região
dominada pela pobreza e falta de assistência a população carece de assistência médica sendo a doença um
temor presente e terrível. Neste sentido os Mestres se apresentam como enviados para socorrer e aliviar o
sofrimento dos desasistidos oferecendo a tradição da medicina fitoterápica, herdada dos índios para assistir
a população. Por outro lado em regiões de pessoas simples mas que são submetidas a poderosos, violentos e
jagunços onde falta a justiça do homem e a única proteção que todos podem contar é a misericórdia divina,
os Mestres são como anjos vingadores que, apesar de ainda fortemente influenciados por suas manias e
imperfeições humanas, se colocam assim mesmo como protetores e defensores de gente desasistida.
Desta maneira podemos entender que os caminhos de Deus são inúmeros e que a espiritualidade se
manifesta da forma como é necessária para garantir uma vida justa e decente aos habitantes desta terra
fria. É neste contexto que o Catimbó se insere, absorvendo a tradição religiosa de gente simples e
adicionando a esta base espiritual fortemente calçada em princípios de ética, bondade e misericórdia do
cristianismo a necessidade do dias a dia introduzindo os ritos mágicos de trabalho e o trabalho dos espíritos
acostados.
Seria muito mais difícil se o Catimbó trouxesse uma doutrina religiosa própria. Na realidade seria
até mesmo impróprio ou desnecessário. Trata-se de gente muito simples que aprendeu e passou
a vida toda aprendendo so conceitos e ensinamentos católicos estando possivelmente muito
acostumados e doutrinados nesta verdadeira fé.


MESTRES E SEUS FUNDAMENTOS NO CATIMBO
No panteão juremista existem vários Mestres e mestras, cada qual responsável por uma atividade relacionada aos diversos campos
da existência humana (cura de doenças, trabalho, amor...). Há ainda aqueles responsáveis por fazer trabalhos contra os inimigos.
Nas mesas e rodas as representações das entidades relacionadas nesta categoria são as mais elaboradas, geralmente possuindo o
“estado completo” e a jurema plantada; em especial a do Mestre da casa, aquele que incorpora o juremeiro, faz consultas e inicia
os afilhados nos segredos do culto. Por tudo isso este Mestre é carinhosamente chamado de “meu padrinho”.
Aliás esta característica de independência dos Mestres é que os tornam muito eficazes e temidos. São entidades que trabalham
com magia direita e esquerda e não estão contidos por critérios ligados a Orixás. Não que os Mestres sejam desprovidos de justiça
e bon senso, ou mesmo superiores a outras entidades e Orixás, mas o seu trabalho não depende de hierarquias complexas de
serem atendidas.
Os Mestres são guias, orixás sem culto, acostando espontaneamente ou invocados para servir. Cada um possui fisionomia própria,
gestos, vozes, manias e predileções. Sâo muito ligados a sua última vida e às coisas terrenas por isso fazem questão de algumas
peças de indumentária, mas, não tem a MESMA CONTESTUALIZAÇÃO das entidades de umbanda. A fisionomia é uma forma muito
característica de se reconhecer um Mestre. Com um pouco de experiência pode-se reconhecer um Mestre pelos ademanes,
trejeitos, posição das mãos, da boca e forma de andar.
Cada Mestre tem sua linha, um canto ou cantiga, de melodia simples. Há Mestres que não tem linha, como Mestre Antonio Tirano e
Malunginho, ambos ferozes. Essa linha era cantada como uma invocação ao Mestre. Sem canto não ha encanto. Todo feitiço é
feito musicalmente. Alinha é o anuncio e o pregão característico do Mestre.
Cada Mestre está associado a uma cidade espiritual e a uma determinada planta de ciência (angico, vajucá, junça, quebra-pedra,
palmeira, arruda, lírio, angélica, imburana de cheiro e a própria jurema, entre outros vegetais), existindo ainda alguns relacionados
à fauna nordestina. Para os Mestres relacionados a uma planta que não a jurema, são estas plantas que têm seus troncos
plantados nas mesas dos discípulos.
Por exemplo, a cidade do Mestre angico deve ser plantada em um tronco da arvore do mesmo nome; as cidades das mestras
geralmente são plantadas em troncos de imburana de cheiro. No caso dos Mestres que têm relação com vegetais, são daquelas
espécies que tiram a força e a ciência para trabalhar. Os que têm relação com animais, acredita-se que eles possam encantar-se
em animais das espécies referidas, aparecendo em sonhos, visagens e, muitas vezes, assim metamorfoseados quando incorporados
em seus discípulos.
Como oferendas, os Mestres recebem a cachaça, o fumo – seja nos charutos ou cachimbos -, alimentos próprios de cada um e a
jurema, bebida feita com o sumo vermelho retirado da casca e da raiz da jurema e que pode receber outras ervas e componentes
(cachaça, melado, canela, gengibre e outras à gosto).
Nos terreiros que sofreram maior influência dos cultos africanos, é comum o Mestre receber sacrifícios de galos
vermelhos, bodes e muitas vezes de novilhos, mas isto é uma deturpação do culto da jurema que por suas
origens indígenas (caboclos) e católicas não tem a tradição ou necessidade de sacrifícios em suas liturgias.
Não que isto seja errado ou negativo, mas apenas que não faz parte de suas bases sendo mais um fenômeno
de Umbandização.
MESTRE PEREIRA
Tem como fundamento o pau pereira. Este mestre é a evolução do antigo Antonio Tirano, dito mestre sem linha. Ele é uma mostra
viva que o Catimbó existe para recuperar estas almas que perdem o seu caminho na passagem pela terra fria. Antonio Tirano é
personagem passado de uma história terrível na qual ele em momento de desespero de falta de esperança, mesmo que
momentânea, ele matou sua família de mulher e 2 filhos e depois se matou. Na hora de sua passagem foi resgatado por mestre do
Catimbó que trouxe-o para o Catimbó mesmo ele não tendo sido Catimbozeiro em vida.
Na sua forma de Pereira, é um mestre em evolução. Vinha muito sério e ainda meio encrenqueiro, com pouco "pavio", mas vinha
com uma vontade enorme de ajudar as pessoas, curá-las e fazer o bem. Era uma criatura muito faladora que gostava de "filosofar"
sobre a vida e passar lição nos outros que estavam comentendo erro. Trabalhava com a casca do Pau pereira.
Ele tinha como busca encontrar a almas dos seus filhos que reencarnaram (ele não, mas os filhos sim) de modo a poder
acompanhá-los espiritualmente neste nova existência. Com a graça de Deus, já tinha encontrado um, mas não tive notícias se
encontrou o outro.
No período que convivi com ele, nunca o vi fazendo o mal e sempre o via de pessoa em pessoa na assitência buscando resolver os
problemas que eram possível. Ele se aproximou de uma discípula que frequentava o Kardecismo e após o termino da nossa casa
tive notícias que ele estava lá evoluindo e ajudando os outros.
Certamente em algum tempo não ouviremos mais falar dele porque ele vai ter cumprido o seu tempo aqui e pode ganhar uma nova
vida para continuar a sua existência, quem sabe como "uma mulher parideira" como ele mesmo um dia comentou.

MESTRE CARLOS
Rei dos mestres, conhecidíssimo em qualquer sessão de Catimbó. Era um rapaz que gostava de beber e jogar "farrista", andava no
meio de "mulheres perdidas e gente livre", Filho do Inácio de Oliveira, conhecido feiticeiro. O pai tinha desgosto e não o queria
iniciar na feitiçaria. Contam, então, que Mestre Carlos "aprendeu sem se ensinar", quando de uma bebedeira caiu num tronco de
Jurema e morreu após 3 dias. Essa bebedeira seria o resultado de práticas rituais do Catimbó exercidas solitariamente e sem
iniciação. Um dia o pai saiu de casa e Carlos, com 13 anos apenas, penetrou no "estado", tirou objetos imprescindíveis de
invocação e saiu com eles. Foi num mato de juremeiras e iluminado por uma presciência maravilhosa conseguiu abrir uma sessão
sozinho e invocar um mestre. Logo como em geral sucede, quando o mestre se desmaterializou outra vez caiu desacordado. O pai
chegou em casa, Carlinhos nada de voltar. No dia seguinte a inquietação principiou. Andaram campeando o menino por toda a
parte e no outro dia seguinte, Inácio de Oliveira, deseperado, reuniu gente e fez uma sessão. Quando caiu em transe, que mestre
entrara no corpo dele? Nada menos que Mestre Carlos o mestre menino.
Mestre Carlos é caracterizado como um entidade alegre, que gosta de brincar e rir durante as sessões; gosta de bebida, bebe
jurema e cachaça. Especialista em casamentos e descobridor de segredos, estando sempre pronto para o bem e o mal.
Considerado pelos juremeiros como um mestre curador. Quando incorporado o medium transforma a fisionomia, fica meio estrábico,
os lábios ficam em forma de bico; fala muito conversa com os presentes, gesticula, brinca, ri, receita garrafadas e dá passes.
Além dos caboclos e dos Mestres, vêm na jurema, mas com menos freqüência os pretos-velhos e pretas-velhas. Espíritos de
velhos escravos africanos, peritos em benzeduras e nos conselhos que dão a seus “netinhos” dos terreiros. Temos aqui,
talvez, uma influência da umbanda sobre o custo juremista.
Contudo a influência dos cultos africanos é mais bem expressa na incorporação dos exus e pombagiras ao panteão. Na
jurema eles aparecem como servos dos Mestres ou como Mestres menos esclarecidos e mais propícios aos trabalhos para o
mal.
Juntam-se a esta panteão os santos da Igreja Católica, que são cumprimentados pelos Mestres e caboclos e aos quais
encontramos referências nas cantigas e nas orações utilizadas nos fazeres mágicos ensinados pelos espíritos.
Também encontramos em algumas juremas os Orixás do Xangô. Em algumas casas se abrem as giras de jurema cantando
para os deuses de origem africana, depois de saudar Exu. Entretanto as cantigas são geralmente em português como na
umbanda.
È muito comum que os Mestres indiquem serviços a serem feitos com o povo de bunda grande”, além de saberem quais os
seus próprios orixás de cabeça. Junte-se ainda o Deus supremo, que é sempre saudado pelos Mestres e caboclos: “Quem
pode mais do que Deus?”.

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